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Dallagnol: ‘Mensagens já acumulam diversas evidências de adulteração’

Recente vazamento do blog 'The Intercept' gerou críticas e desconfianças acerca dos erros e possível interferência dos jornalistas no conteúdo; Moro, Dallagnol e Kim Kataguiri criticaram o veículo
Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução/Metro)

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Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução/Metro)

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato e principal vítima do vazamento de mensagens pelo site The Intercept, afirmou na tarde deste sábado (29) nas redes sociais que “já se acumulam diversas evidências de adulteração” do conteúdo. [1]

Segundo ele, “procuradores da força-tarefa e outros que seriam os autores das mensagens [vazadas] não as reconhecem como autênticas”.

Dallagnol considerou ainda os vazamentos como ataques à Lava Jato. “Os ataques deferidos contra a [Operação] Lava Jato são inócuos porque a operação é sustentada com base em provas e está submetida ao crivo do Poder Judiciário, que já validou o trabalho desempenhado pela Força-Tarefa em diferentes instâncias”, opinou.

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Também no Twitter, o representante do Ministério Público Federal afirmou que “os procuradores que atuam na Lava Jato sabem do incômodo causado pela operação a pessoas ricas e poderosas” e que, mesmo diante dos “ataques”, continuará sendo cumprida a “nossa função constitucional”.

Críticas ao ‘The Intercept’ aumentaram

Aumentaram neste sábado (26) as críticas feitas ao blog The Intercept, mantido pelo jornalista Glenn Greenwald. A razão da descrença se dá a possíveis erros na apuração de reportagem que foi ao ar no início da madrugada e que atribuiu falas a interlocutores errados. O próprio blog teria chegado a corrigir a transcrição, como apontou o site O Antagonista. [2][3]

Na matéria, Greenwald e sua equipe reportaram uma série de diálogos trocados entre procuradores da República sobre a atuação de Moro e o aceite do então juiz para assumir o Ministério da Justiça. Originalmente, o Boletim da Liberdade compreendeu que, diferente de outras reportagens, que foram alvo de cobertura do site, o vazamento que foi ao ar neste sábado pelo The Intercept tratam-se apenas de confidências em grupo e privadas, cuja divulgação põe em xeque a ética jornalística e não poderia ser, de forma alguma, interpretada como ilegalidade.

Quem também se manifestou sobre a recente divulgação foi Sérgio Moro. “A matéria do site, se fosse verdadeira, não passaria de supostas fofocas de procuradores, a maioria de fora da Lava Jato. Houve trocas de nomes e datas pelo próprio site que a publicou”, opinou.

O hoje Ministro da Justiça complementou que esses enganos “reforçam que as mensagens não são autênticas e que são passíveis de adulteração”. “O que se tem é um balão vazio, cheio de nada. Até quando a honra e a privacidade de agentes da lei vão ser violadas com o propósito de anular condenações e impedir investigações contra corrupção?”, perguntou. [4]

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP), coordenador do Movimento Brasil Livre, também criticou o vazamento das conversas do site The Intercept. Entre compartilhamento de mensagens e mensagens próprias, Kataguiri afirma que “está provado que o Intercept edita as mensagens” e que o blog teria percebido que “o conluio fracassou”. O parlamentar sugeriu ainda que fosse subida a hashtag #EuNãoConfioNoIntercept no Twitter. [5]

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