Espetáculo midiático considerado por alguns a maior festa popular do país, o Carnaval carioca – especificamente o desfile das escolas de samba – será privatizado. A informação foi transmitida pelo governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella, que se reuniram nesta quarta-feira (26) para tratar do assunto. [1]
Desde pelo menos a década de 1930, quando os desfiles surgiram e a prefeitura de Pedro Ernesto passou a registrar as escolas de samba, as agremiações sustentam parte de suas atividades com verba pública, oriunda de uma subvenção municipal. O prefeito Crivella, no entanto, vem demonstrando resistência a manter essa tradição, que recebe cada vez mais críticas à medida que o Carnaval aumenta suas proporções.
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“Uma empresa está interessada em pagar R$ 100 milhões para a Liesa. O carnaval será privatizado. A prefeitura não consegue suportar”, disse Crivella. A imprensa especializada já vinha repercutindo o boato de que um grande investidor, supostamente já vinculado aos esportes, estaria interessado em patrocinar as exibições.
Já o governador do Rio reafirmou que o universo das escolas de samba e o espaço do Sambódromo precisam gerar recursos e movimentar a cidade pelo ano inteiro e que isso constaria do projeto de privatização. “O que eu penso do Sambódromo é que ele tem que funcionar o ano inteiro. Basta um contrato, um modelo ideal para que isso aconteça”, comentou.