O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Carlos Von Doellinger, considerou, em evento no Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira (30), existirem três diferentes cenários para o país dependendo do modo como tramitar a reforma da Previdência no Congresso Nacional. O IPEA é uma instituição ligada ao Ministério da Economia.
Segundo Doellinger, são eles os cenários “fracasso”, “básico” e “otimista”. O primeiro consideraria o Congresso não aprovar a reforma da Previdência proposta pelo ministro Paulo Guedes ou desfigurá-la, transformando-a em uma “reforma pífia”.
Com esses fatores, o crescimento médio ao ano da próxima década (2020-2030) giraria em torno de 0,5% do PIB, enquanto que haveria redução no PIB per capta em 0,5%. “Seria o empobrecimento da população”, explicou.
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O cenário “básico”, por sua vez, leva em consideração que o governo conseguiria realizar reformas macroeconômicas e de Estado, como a da Previdência, mas não conseguiria fazer ajustes microeconômicos. Nessa avaliação intermediária, o crescimento do PIB até 2030 seria de 2,5% ao ano em média.
O mais otimista dos cenários, porém, traria o que ele chamou de “crescimento robusto”. Seriam a aprovação de reformas macroeconômicas, microeconômicas e de Estado, com ampliação na taxa de investimento do país. Nessa conjuntura, o país poderia vivenciar na próxima década um crescimento de 4,5% ao ano, em média.
Sobre a reforma da Previdência, o presidente do IPEA elogiou a inclusão do sistema de capitalização do ministro Paulo Guedes. “Vai salvar as novas gerações”, disse, avaliando que a tendência é que o modelo de repartição – atualmente, em vigor no Brasil – cause problemas no mundo inteiro no longo-prazo.
O encontro, denominado de “Brasil de Ideias”, foi organizado pela Revista Voto, com sede no Rio Grande do Sul, e aconteceu no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.
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