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‘Mais capitalismo traria menos desigualdade para o Brasil’, diz professor

Acadêmico alemão que reside no Brasil detalhou em entrevista que país vive preso há décadas na "armadilha da renda média" e que medidas anti-desigualdade propostas no Primeiro Mundo são ineficazes e perigosas.
Antony Mueller (Foto: Divulgação/IMB)

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Antony Mueller (Foto: Divulgação/IMB)

O professor de economia e pesquisador em Escola Austríaca, Antony Mueller, declarou em entrevista ao Boletim da Liberdade nesta sexta-feira (10) que as desigualdades sociais brasileiras são um produto do Estado, e não do sistema capitalista baseado na iniciativa privada. Alemão que reside no Brasil, Mueller participou como palestrante da VI Conferência de Escola Austríaca, conferência promovida pelo Instituto Ludwig von Mises Brasil entre os dias 9 e 11 de maio em São Paulo.

Na entrevista, o pesquisador detalhou que, ao longo do processo de desenvolvimento de países, o aumento de riquezas tende a um primeiro momento elevar o grau de desigualdades entre indivíduos ricos e pobres. Este grau de desigualdade, no entanto, retorna a cair à medida em que um país continua se desenvolvendo e alcança o patamar de renda elevada.

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“Como mostrei na palestra, existe a chamada curva de Kuznets. Ela é fruto de uma pesquisa empírica realizada entre muitos países e mostra uma curva em sino na relação riqueza  e à desigualdade. Quando um país está parte inicial da curva, com baixo nível de riqueza, há uma pequeno nível de desigualdade. Quando nos movemos à renda média, a desigualdade tem a tendência de crescer. Quando superamos este estágio intermediário, que muitos economistas chamam a ‘armadilha da renda média’, e alcançamos patamares mais altos de desenvolvimento, a desigualdade volta novamente a baixar. É o caso de países como a Suíça e Alemanha”, disse.

O professor também ressaltou que o Estado brasileiro é causador de desigualdades por várias razões. Segundo ele, uma delas está no fato de atrapalhar a livre iniciativa, ressaltando que o Brasil é um país que está “por décadas na armadilha da renda média e não consegue sair”, permanecendo assim no topo da curva de Kuznets.

Mueller também apontou o fato de o Estado ser fonte de burocracia, de impostos e de regulamentação. “Mais capitalismo significaria menos desigualdade para o Brasil no futuro”, opinou, ressaltando ainda que políticas anti-desigualdade propostas por políticos de esquerda do Primeiro Mundo, como o Green New Deal da deputada nova-iorquina Ocasio-Cortez, são “ineficazes e perigosas”.

“É um velho grande problema, que vem da natureza humana. O ser humano acredita em perigos falsos e ao mesmo tempo acredita em milagres. As duas coisas operam nesta linha, Eles falam de muitos perigos, como o aquecimento global, todos vamos morrer, mas ignoram o perigo de gastar mais do Estado e lhe dar mais controle sobre a sociedade”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

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