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Com crescimento abaixo de 3%, só veremos desemprego com um dígito em 2027, prevê pesquisador

Economista Daniel Duque afirmou ser improvável que o desemprego retorne ao nível pré-crise nos próximos 10 anos; Mercado de trabalho apresenta recuperação puxada por empregos informais
Foto: Diário do Comércio

Mesmo diante de um cenário de maior crescimento esperado para 2019, o mercado de trabalho ainda tem apresentado sinais de persistência no desemprego. Para analistas, o fenômeno pode perdurar a níveis elevados por muitos anos, a julgar pelos números trazidos dos últimos dados de desemprego da PNADC divulgados pelo IBGE na última terça-feira (30). A pesquisa registrou um aumento do desemprego de 12,4% para 12,7% entre fevereiro e março deste ano.

Segundo o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV Ibre), Daniel Duque, em entrevista ao Boletim da Liberdade, os dados de desemprego da PNADC de março confirmam tendência de recuperação puxada pelo emprego informal. O pesquisador ressalta que as categorias de maior destaque em crescimento de População Ocupada (PO), foram os trabalhadores por conta própria sem CNPJ e os empregados sem carteira Assinada.

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Duque também observa o forte aumento do número de trabalhadores desalentados (trabalhadores desempregados que desistiram de procurar emprego) entre 2018 e 2019, com alta de 5,6%. Um aumento do número de trabalhadores desalentados tende a diminuir a taxa de participação da força de trabalho e levar à elevação de pessoas inativas, diminuindo o nível da taxa de desemprego.

O pesquisador espera que a taxa de desemprego encerre 2019 em 12,1% ou 12%, um resultado que dependerá de uma “dinâmica mais favorável de PIB”. Duque estima que, caso mantivéssemos uma taxa de crescimento de 2,2% do PIB a partir de 2020, só veríamos uma taxa de crescimento de um dígito em 2027.

No caso de retornar ao nível de desemprego registrado no período pré-crise (6,8% em 2014), o pesquisador revela ser difícil estimar o tempo necessário. Para Duque,  o nível pré-crise provavelmente não ocorrerá na próxima década, a não ser que o país mantenha um crescimento elevado acima de 3% ao ano. Esse cenário de crescimento elevado para os próximos anos, contudo, é tido como “improvável”.

Reforma Trabalhista

Duque também ressalta que os novos contratos de trabalho criados pela reforma trabalhista (contrato intermitente e tempo parcial), apesar de não serem captados diretamente pela pesquisa PNADC, apresenta sinais de crescimento na pesquisa Caged, “independentemente” do momento econômico e da tendência geral do emprego formal.

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