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Coronel Roquetti é demitido do Ministério da Educação a pedido de Bolsonaro

O militar, que estava comandando a secretaria-executiva do ministério assumido por Ricardo Vélez Rodríguez, entrou em choque com alunos de Olavo de Carvalho
Bolsonaro com o ministro Ricardo Vélez (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

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Bolsonaro com o ministro Ricardo Vélez (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

O Boletim reproduziu a informação de que o coronel Carlos Roquetti e os alunos de Olavo de Carvalho estavam em atrito no Ministério da Educação e um desses alunos, assessor do ministro Ricardo Vélez, Silvio Grimaldo, pediu exoneração e denunciou o comportamento do militar. Se a denúncia de Grimaldo era que estava havendo um expurgo de alunos do filósofo de Campinas no MEC, a notícia do domingo (10) é que o coronel Roquetti foi demitido a pedido do presidente Jair Bolsonaro. [1]

O coronel confirmou sua exoneração à revista Época.

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Quem é o coronel Roquetti

Aquele que, na visão de Grimaldo e de outros alunos de Olavo, é o “vilão da história” no MEC também chegou a ser aluno do filósofo até ser apresentado por ele à deputada Bia Kicis (PSL-DF). De acordo com um perfil feito pela mesma revista Época, foi ela a responsável por apresentar o militar ao ministro Ricardo Vélez. [1]

O ministro o nomeou para a secretaria-executiva do ministério, cargo em que ele assistiu às nomeações de discípulos de Olavo de Carvalho sem manifestar qualquer oposição. “Ocorre que o voluntarismo dos olavetes bateu de frente com o autoritarismo do coronel. E, ao que parece, Olavo de Carvalho não ensinou seus alunos a ouvir muitos “nãos”. Daí a fritura pública que o professor deflagrou contra Roquetti”, diz a matéria.

Já Silvio Grimaldo apresentou outra versão.  “Com o tempo, a influência do coronel sobre Vélez aumentou, e ele acabou abandonando qualquer pretensão de ter uma função específica dentro da estrutura ministerial. Perambulava pelo gabinete como a eminência parda do ministro, dando ordens, tomando decisões, indicando amigos para os cargos que vagavam. Era um poder imenso acompanhado de nenhuma responsabilidade”, descreveu.

Para ele, o coronel aproveitou a oportunidade da polêmica com a carta do MEC para se isentar da responsabilidade e “queimar” os alunos de Olavo, confrontando a influência do filósofo sobre o ministério. O MEC se tornou um palco barulhento de um confronto de forças que já inquietam a dinâmica interna do governo Bolsonaro. Resta ver as cenas dos próximos capítulos.

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