
O presidente Jair Bolsonaro manifestou-se na noite desta terça-feira (5) sobre a possibilidade de conversar com a cantora Daniela Mercury sobre a Lei Rouanet. Sem citar nomes, afirmou que receber “‘renomados’ que já se beneficiaram” da Lei Rouanet para discuti-la “não passa de piada”. [1]
A mensagem veio após a cantora, por meio de nota disparada por sua assessoria de imprensa, se propor a conversar com o presidente sobre a lei, que defende. Segundo ela própria, em 20 anos de profissão, recebeu R$ 1 milhão para montar seus trios elétricos e que a lei tem sido alvo de distorções, subentendendo que não seria compreendida por Bolsonaro. [4]
“Se tive cerca de 1 milhão de verba pública nesses 20 anos, isso significa que o restante (9 milhões) paguei ou do meu bolso diretamente ou com o patrocínio de empresas privadas”, reclamou a artista, como se investir em um empreendimento artístico em que ela tem benefícios individuais fosse um favor à sociedade.
Nas eleições de 2018, Mercury foi uma das artistas que se mobilizaram no movimento “Ele Não”, contra o então candidato Bolsonaro. Em uma das ocasiões chegou a ser vaiada no próprio show. [2][5]
Como teve início o bate boca
No final da manhã desta terça (5), Bolsonaro já havia provocado Mercury e Caetano Veloso, indiretamente, por compartilhar um vídeo crítico à canção que os dois lançaram em fevereiro chamada “Proibido o Carnaval”, com indiretas ao governo.
A paródia compartilhada por Bolsonaro diz que “tem gente ficando doida sem a tal Lei Rouanet”. “O nosso carnaval não está proibido, mas com dinheiro do povo não será mais permitido”, conclui a canção. [3]
Dois “famosos” acusam o Governo Jair Bolsonaro de querer acabar com o Carnaval. A verdade é outra: esse tipo de “artista” não mais se locupletará da Lei Rouanet. ASSISTA: pic.twitter.com/37XQEvyBWt
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 5 de março de 2019
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