Os apoiadores de Jair Bolsonaro pediram, em coro, nas redes sociais nesta sexta-feira (4) a nomeação de um porta-voz oficial para transmitir os comunicados do novo governo. O fato decorreu após Bolsonaro informar que haveria aumento de impostos e, horas depois, o secretário de Receita, Marcos Cintra, esclarecer que a medida não ocorreria. [1][2][3]
“Presidente, a mídia está com sangue nos olhos. Querem desgastar o governo a todo custo. Nomeie um porta-voz com urgência. Dê preferência a Alexandre Garcia ou Felipe Moura. Fica a dica de um eleitor”, comentou um internauta, recebendo o apoio de 2,3 mil curtidas. [4]
[wp_ad_camp_1]
Outra seguidora de Bolsonaro sugeriu que os integrantes do governo dessem menos entrevistas ou também optassem por escolher um “único porta-voz”. “O momento é muito importante para ficar dando assunto para quem distorce e torce para dar tudo errado”, escreveu, em comentário que teve mais de 1,8 mil reações no Facebook. [5]
Escolha de um porta-voz
O governo Bolsonaro ainda não se definiu sobre quem será o porta-voz do novo governo. Especulado para o posto após sair da TV Globo no final do ano passado, o jornalista Alexandre Garcia avisou na última quarta-feira (3) que não tem interesse na função.
Em artigo publicado nas redes sociais, disse que já teve a experiência de atuar no governo, no passado, e que hoje possui outros compromissos que o impediriam de assumir o desafio de ser porta-voz. [6]
“Já se passaram 40 anos [desde que atuei no governo] e não tenho a mesma vontade de acordar cedo e dormir tarde, de passar a vida viajando em correria – e eu era um sub-secretário. […] Mesmo sem Globo, hoje não posso deixar na mão os 15 jornais que recebem meu artigo semanal e as 280 emissoras de rádio que amealhei ao longo de 30 anos e que recebem meu comentário diário, por contrato”, disse.
De acordo com o veiculado pelo jornal Folha de S. Paulo, diante da dificuldade de se ter Garcia na função, uma das possibilidades estudadas é a nomeação de uma mulher para o posto. Nesse sentido, estariam sendo avaliadas oficiais ligadas ao Exército e à Marinha. Bolsonaro, por sua vez, gostaria que fosse alguém com identificação ideológica com o novo governo.
[wp_ad_camp_3]