Parlamentares alemães querem criar imposto para muçulmanos
Medida, que já é aplicada sobre adeptos de denominações cristãs em alguns países europeus, obriga fieis a financiarem instituições religiosas
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Membros da coalizão de governo alemã sinalizaram nos últimos dias com a proposta de criar um imposto para mesquitas, diz o site da Deutsche Welle (DW). O objetivo é claro: tentar diminuir o peso das doações estrangeiras para o funcionamento dos centros religiosos islâmicos como estratégia para combater o fundamentalismo e o terrorismo. [1]
Na verdade, o imposto sobre instituições religiosas já é aplicado sobre católicos e evangélicos luteranos, mas funciona de forma especial: os recursos arrecadados são apenas coletados pelo estado e depois devolvido às igrejas. O propósito é que sejam usados nas atividades das próprias organizações religiosas. O mesmo sistema seria aplicado no caso dos muçulmanos.
Um deputado do Partido Democrata Cristão, legenda da própria chanceler Angela Merkel, Thorsten Frei, afirmou nesta quarta-feira (26) que a taxa aos muçulmanos possibilitaria que “o islã na Alemanha se emancipe de estados estrangeiros”. Sustentadas pelos impostos, as mesquitas dependeriam menos de doações, que se alega virem constantemente de países e organizações que visam difundir ideologias extremistas.
A Alemanha tem, de acordo com o governo, entre 4,4 e 4,7 milhões de muçulmanos, embora nem todos sejam efetivamente praticantes da religião, porque os números incluem pessoas que são oriundas de famílias islâmicas por tradição. O sistema de cobrança de impostos de fiéis para sustentar instituições católicas e protestantes também é cobrado em países como Áustria, Suécia e Itália.
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