O vice-presidente do Diretório Nacional do Partido Novo, Ricardo Taboaço, se manifestou nesta quinta-feira (4) diretamente ao Boletim para prestar esclarecimentos sobre a história de fundação da legenda. A intenção foi apresentar a versão do partido para algumas afirmações feitas por Roberto Motta, hoje candidato a deputado federal pelo PSC.
De acordo com Taboaço, ao contrário do que Motta diz em seu Twitter, o NOVO foi uma concepção original de João Amoêdo, que, em essência, seria seu “único idealizador”. Para ele, não faz sentido falar em “dois criadores”, embora ressalte que o partido não tem “absolutamente nada contra a pessoa do Roberto Motta”.
[wp_ad_camp_1]
Confira uma transcrição das declarações:
“Na verdade, na verdade, o NOVO não tem dois fundadores, ou três ou quatro. O NOVO tem um único idealizador que é o João Amoêdo. Ele, incansável que é, ficou provocando todas as pessoas do seu relacionamento, de grandes amigos de longa data até os conhecidos mais recentes, tentando incentivá-los a embarcar na ideia de criar um novo modelo partidário e inaugurar uma nova política no Brasil. Esse era o sonho dele. Eu mesmo fui apresentado à ideia do Novo por volta de 2010, 2011, onde, naquela época, existia uma ideia do João e da Rosa de criar um partido político, absolutamente inusitada.
João começa a conversar com todas as pessoas do seu relacionamento e vê quem dessas pessoas está disposto a se juntar a ele nessa empreitada. Foram dezenas de reuniões, senão uma centena de reuniões para mobilizar pessoas, para juntar pessoas. Isso culminou com um evento no final de 2011 aqui no Humaitá, onde finalmente nós assinamos um livro de formação do partido e compareceram mais de 150, 180 pessoas. Se é para nós falarmos em um, dois ou três fundadores do NOVO, posso garantir a você que o Novo teria um fundador, que é o João, e um segundo seria a Rosa, mulher dele, e em seguida suas filhas. Até o quinto, eu garanto que não tem ninguém estranho à família.
O Motta estava presente nesse momento inicial do NOVO, contribuiu durante bom período e cresceu dentro daquilo que era um projeto de partido e chegou a ser presidente do diretório estadual do Rio de Janeiro. Motta sempre participando, sempre com muito entusiasmo, participou de várias reuniões de incentivo a mais pessoas ingressarem no grupo.
Em 2016, Motta resolve ser candidato, sai da administração partidária e inicia seu processo seletivo. Lamentavelmente, ele não foi aprovado. Fomos a ele e oferecemos a vaga de pré-candidato a vereador pelo Rio de Janeiro. Nesse momento, começou a haver um distanciamento entre os objetivos do Motta e os objetivos do partido. Mais do que um convite, fizemos um apelo até pessoal nosso, dada a relevância dele, para que ele aceitasse ser um candidato a vereador. Ficou muito clara para nós a divergência de visão entre as pessoas que administravam o partido e ele, que era imbuído do espírito de ser candidato. A agenda do partido era conseguir um vereador, a dele era se tornar mais conhecido, uma pessoa mais notória, mais pública. Houve uma divergência de interesses, o interesse do partido indo numa direção, o interesse pessoal dele indo noutra.”
A resposta de Motta
“Os que acompanharam a história do NOVO conhecem o papel que desempenhei. Não tenho qualquer interesse em polemizar com candidato a presidente pelo NOVO e nem com os funcionários do partido. Meu interesse é no partido chamado Brasil. O foco agora é eleger Jair Bolsonaro e impedir o PT de voltar ao poder. É com esse objetivo que eu renovo o meu apelo aos filiados, apoiadores e candidatos do NOVO para que apoiem Jair Bolsonaro e votem nele no próximo domingo e no segundo turno (se houver).”
[wp_ad_camp_3]