O veterinário, empresário e ex-ministro da Agricultura do governo Collor, Antônio Cabrera, publicou um artigo na Folha de S. Paulo nesta terça-feira (12) sustentando, no mínimo corajosamente, uma tese que faria muitos torcerem o nariz. Ele quer o fim do Ministério da Educação. [1]
“Por que, para ter uma educação de qualidade, precisamos do MEC?”, começa perguntando Cabrera. Em primeiro lugar, para ele, “essa estrutura gigantesca é um desperdício incalculável de dinheiro público” e “quem sai ganhando com esse aparato são a burocracia, os políticos e os sindicatos”. Porém, ele apresenta muitos outros argumentos. Um deles é a importância da implementação de uma ampla autonomia para os diretores das escolas, quebrando o monopólio de uma força central na determinação do ensino.
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Essa busca por autonomia e descentralização ainda fortaleceria os interesses dos pais e responsáveis. Com esse intento, Cabrera referencia a Uspie, uma entidade americana cujo nome significa “pais americanos envolvidos na educação” e fez uma petição nos EUA pela devolução da política educacional aos pais e às comunidades locais. A ideia do articulista é que as escolas e universidades precisam de mais liberdade para selecionar os professores, administrar os recursos, definir sua bibliografia e estabelecer o calendário escolar ou implantar as grades curriculares.
“Em uma sociedade livre e democrática, as escolas prestam contas principalmente aos pais e não apenas a partidos políticos ou burocratas. Os pais se importam mais com seus filhos do que qualquer membro da burocracia, por mais dedicado que ele seja”, sentenciou. Cabrera é membro do Conselho de curadores do Instituto Presbiteriano Mackenzie e já participou de eventos do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica.
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