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Primeira candidata a prefeita do NOVO, Carmen Migueles critica Escola Sem Partido: ‘Histeria Ímpar’

Até hoje a candidata mais votada pelo Partido Novo, com quase 40 mil votos, Carmen Migueles afirmou que o debate em torno do Escola Sem Partido ajuda a desviar o foco de problemas mais importantes

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Carmen Migueles e Tomas Pelosi conversam com eleitor na campanha à prefeitura do Rio em 2016. (Foto: Reprodução / Facebook)

A professora Carmen Migueles, primeira candidata a um cargo executivo pelo Partido Novo, publicou um longo desabafo em sua página no Facebook na última quarta-feira (6). No texto, ela abordou sua opinião sobre Paulo Freire e criticou o projeto Escola Sem Partido.

“Não sou a favor da endoutrinação politica em sala de aula. Mas há uma histeria impar produzida por esse movimento que não se constata na pratica”, opinou Migueles, relatando em seguida que sua empresa de consultoria colaborou com a gestão da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e que os reais problemas do setor são outros.

Segundo ela, o “debate histérico [do Escola Sem Partido] tirou foco das questões mais relevantes e não ajuda no desenvolvimento da educação. Enquanto a [organização] Escola sem Partido criava um fuzuê enorme, houve o ‘Ocupa educação’ e se reverteu o processo seletivo meritocrático para diretores de escola no Estado [do Rio de Janeiro]”.

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“Lutando as batalhas erradas, erramos o alvo e vivemos hoje um retrocesso gigantesco – Esse sim muito relevante para o futuro da educação. O NOVO tem foco em resultados. Não nos perdemos em batalhas desatreladas desses. O partido tem todos os relatórios desse trabalho e outros, que estamos usando para formular nossas propostas para educação”, argumentou a professora, ligada à Fundação Getulio Vargas.

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No texto, publicado originalmente para rebater as críticas do youtuber Bernardo Kuster ao voto da vereadora Janaina Lima (NOVO/SP) a favor da Agenda 2030, Migueles defendeu ainda a ONU e o que chamou de humanismo.

“Não é possível conciliar o fundamentalismo com o humanismo necessário para pensar desenvolvimento econômico, social e humano de forma equilibrada.[…]  [O youtuber] mostra que constrói a sua visão de mundo como algum tipo de pseudoconservadorismo – mas não consegue explicitar as premissas. Acusa de ‘esquerda’ pautas que na realidade estão no centro do interesse das empresas brasileiras mais produtivas”, disse, em referência ao pacto global da ONU.

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“Por que defender os interesses dos porcalhões americanos que se recusaram a caminhar nessa direção [da sustentabilidade] e agora foram pegos num baita contrapé? Será que ele sabe que só o Brasil está em condições de expandir significativamente o volume de produção agrícola porque equilibrou melhor as áreas de plantio e floresta? […] Que ser contra a agenda ambiental é jogar contra as nossas maiores e melhores empresas?”, perguntou Migueles.

Em seguida, ela, que candidatou-se à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2016 e é até hoje a candidata mais votada do partido, com capital político de 38,5 mil votos, também aproveitou o contexto para esclarecer seu posicionamento relativo à Paulo Freire, motivo pelo qual foi muito criticada no passado:

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“Um filiado do Rio Grande do Sul encaminhou uma proposta de vetar a minha candidatura pelo Novo porque falei de Paulo Freire. Em minha defesa encaminhei minhas pesquisas e as teses dos meus alunos utilizando Paulo Freire para a educação para empreendedores, inclusive um artigo meu premiado em um congresso de administração sobre o tema. O partido viu o quão sem fundamento eram as críticas”, disse, observando que “há valor em algumas das suas propostas pedagógicas”. “Nem tudo o que ele diz tem a ver com sua inclinação politica e é possível usar pontos positivos de um autor e não usar os negativos”, opinou.

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