
O discurso da “renovação” política ganhou força nos últimos tempos, principalmente diante dos escândalos de corrupção revelados em investigações como as da Operação Lava Jato. Mesmo assim, as pesquisas indicam que os políticos que foram alvo de investigações não pretendem perder seu lugar ao Sol. De acordo com levantamento do Estadão, 91% dos deputados que sofreram inquéritos e ações penais estarão nas eleições de 2018. [1]
Com a mudança de orientação do STF, o foro privilegiado para parlamentares que atuam no âmbito federal está mantido apenas para crimes cometidos durante o mandato e em função do exercício do cargo. Ainda assim, 50 dos 55 deputados indiciados estarão pleiteando, quer a recondução aos cargos, quer a eleição a cargos superiores. Um deles é o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que no momento pleiteia a presidência da República.
Ao menos 68 casos envolvendo deputados e senadores já foram enviados pelo STF a outras instâncias da Justiça. Um outro levantamento feito com dados do período entre janeiro de 2007 e outubro de 2016 mostrou que 96,5% das ações penais contra parlamentares no órgão máximo do Judiciário não resultaram em nenhuma punição ao parlamentar réu. [2]
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