Nesta segunda-feira (23), o presidenciável do Partido Novo, João Amoêdo, fez comentários que suscitaram um burburinho na imprensa e, em seguida, entre o público liberal e conservador na Internet. Estes últimos se incomodaram com a presença da palavra “empoderamento” em um de seus tweets.
Tudo começou quando Amoêdo se manifestou sobre questões relacionadas aos direitos das mulheres. Veículos considerados de esquerda, como o Brasil 247, afirmaram em manchete que ele “não combaterá o machismo” se eleito. Na verdade, o pré-candidato disse em entrevista ao jornal El País que não cabe ao estado interferir nas escolhas das empresas, caso elas paguem salários diferentes a homens e mulheres. “Algum motivo deve ter, cabe entender essa dinâmica. Mas o risco de aprovar uma lei que determina salários iguais é que algumas mulheres acabem desempregadas”, disse. [1] [2]
Diante de uma publicação de uma página ligada ao PSOL, Amoêdo continuou a tratar do assunto em sua página no Twitter, dizendo que o partido socialista “ataca a ‘lógica neoliberal’ em nome das mulheres”, sem perceber que foi “nas economias de livre mercado e não nos socialismos psolistas que as mulheres conquistaram mais direitos, escolaridade, independência e poder”. O problema veio no seu tweet seguinte:
Ainda temos muito trabalho para ampliar a igualdade de direitos. Só não podemos retroceder: empoderamento feminino e liberdade econômica andam lado a lado.
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) 24 avril 2018
O emprego da palavra “empoderamento” atraiu uma série de críticas de seguidores que acreditam que a palavra está associada às ideias “de esquerda” e às políticas identitárias. O caso ensejou análises de alguns influenciadores. Um deles, o economista Rodrigo Constantino, acredita que a publicação tem de ser entendida em seu contexto, como uma forma de responder ao jornalista do PSOL usando seus próprios termos. O próprio Amoêdo fez uso da mesma alegação: [3]
Sobre o uso da palavra “empoderamento”: Foi uma resposta a um ataque do PSOL, usando um termo que eles utilizam.
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) 24 avril 2018
Seguem outras repercussões do comentário de Amoêdo:
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Francisco Razzo, professor de Filosofia e autor de dois livros pela Record
Roberto Rachewsky, fundador do Instituto de Estudos Empresariais
Adolfo Sachsida, economista
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