Um trio de advogados do Rio de Janeiro ingressou no último dia 21 com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral solicitando que o órgão realize outro teste público de segurança nas urnas eleitorais antes da realização do primeiro turno de 2018, previsto para outubro. O grupo, composto pelos advogados Manolo Salazar, Bernardo Santoro (ex-presidente do Instituto Liberal) e Pêdra Mattos alega que, pelas regras atuais, o TSE não tem essa obrigatoriedade.
O pedido de um novo teste público surge em decorrência das falhas encontradas no primeiro, realizado entre novembro e dezembro de 2017. Foram testados 14 pontos e três falhas foram identificadas, que estariam sendo agora corrigidas. Segundo os advogados, o grupo de programadores conseguiu até mesmo alterar alguns textos do sistema operacional da urna. Um novo teste atestaria, assim, “a correção e o sucesso da nova versão dos sistemas de urna”. [1]
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A notícia do encontro de vulnerabilidades acalentou ainda mais o debate sobre a segurança das urnas eletrônicas. Segundo um artigo publicado em 2014 pelo site JusBrasil, até o grupo “Anonymous” já teria tecido críticas à respeito da tecnologia empregada no país. [2]
Dos frequentes críticos às urnas eletrônicas, está também o deputado federal e pré-candidato à presidência da república Jair Bolsonaro. Em agosto, ele afirmou que se as eleições de 2018 não tiverem o voto impresso em todas as urnas, projeto seu aprovado no Congresso, o Brasil deve se “preparar para ter um presidente eleito na fraude do PT ou do PSDB”.
“Se esses partidos estivessem preocupados com a transparência ou com a moralidade, estariam denunciando o que eu estou denunciando aqui agora, que é de conhecimento de todos nós em Brasília”, acusou. [3]
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O jornalista Olavo de Carvalho, por sua vez, já chegou a afirmar “ter certeza absoluta” de ter havido fraude em eleições anteriores. “Não precisa ter havido fraudes aqui e ali. A apuração secreta é fraude. Se você não tem meio de verificar os votos, acabou. A proposta é indecente”, criticou Olavo. [4]
De acordo com o portal Estadão, o TSE teria afirmado que as falhas descobertas em dezembro não apresentariam risco à votação de 2018. [5]
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