O senador Álvaro Dias (Podemos) concedeu na última quarta-feira (27) ao jornal Gazeta do Povo uma entrevista sobre seu projeto de lançar-se candidato à presidência em 2018. Defendendo uma ampla reforma no estado, o parlamentar considerou-se de “centro” e defendeu privatizações de estatais, com exceção daquelas que considera “estratégicas”, caso principalmente da Petrobrás. [1]
Perguntado sobre a distribuição de cargos no governo para garantir governabilidade, Dias afirmou que é possível nomear por meio de critérios técnicos e não políticos, contanto que haja apoio na sociedade. E garantiu que já fez isso em sua experiência administrativa como governador do Paraná. “Com o apoio da sociedade, você terá o apoio do Congresso. Porque o Congresso não rema contra a maré”, defendeu.
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Acreditando ser necessário que o novo presidente faça uma grande reforma logo no início do mandato, o senador comentou que, caso eleito, pretende se debruçar diante em uma grande reforma tributária. “Tem de haver um imposto quase único”, comentou ao jornalista Fernando Martins, da Gazeta.
“A ideia é tributar menos o consumo e mais a renda. No caso, se estabeleceria o imposto sobre movimentações financeiras, que estabelece a impossibilidade de sonegação. E esse imposto quase único abarcaria quase todos os tributos existentes”, explicou, complementando que a população pagaria menos e o Imposto de Renda recairia a quem ganha mais.
Sobre privatizações, Dias falou que “quase todas as estatais” devem privatizadas, mas para a Petrobrás a solução deveria ser “qualificar tecnicamente”. “Desonestidade na administração pública não é regra”, comentou.
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Com um discurso que lembra o também pré-candidato Jair Bolsonaro, Dias denunciou que nada valeria uma privatização da Petrobras para alguma outra estatal. “Se for privatizada, [a Petrobras] continuará estatal com outro idioma. Porque certamente uma estatal chinesa ou norueguesa vai comprar. Em vez de gerar recursos para o país, vai gerar para outra nação”, opinou.
Quanto as projeções para as eleições de 2018, o senador Álvaro Dias – que militou durante muito tempo nas fileiras do PSDB, que considera como um “partido paulista” – apontou que “uma bipolarização entre a extrema esquerda e a extrema direita” pode ser “extremamente nociva para o país”. Para ele, Lula representaria uma “extrema esquerda organizada em função dos últimos anos de aparelhamento do estado” e Bolsonaro seria o representante de uma “extrema-direita desorganizada, mas ativa, principalmente nas redes sociais”.
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