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Entrevista em que Bolsonaro elogia Hugo Chávez cria polêmica na Internet

Na entrevista de 1999, o parlamentar elogiou o falecido líder venezuelano e destacou que não era efetivamente anticomunista; liberais reagiram ao resgate da matéria
A polêmica entrevista (Foto: Reprodução / Facebook)

Uma entrevista de Jair Bolsonaro ao jornal O Estado de São Paulo em 1999 está dando o que falar no presente. Nesta segunda (11), ela chamou a atenção de liberais e conservadores ao ser resgatada e disseminada na Internet pelas simpatias polêmicas que o parlamentar demonstrou a Hugo Chávez e ao comunismo.

Perguntado sobre Hugo Chávez, Bolsonaro respondeu: “Chávez é uma esperança para a América Latina e gostaria muito que esta filosofia chegasse ao Brasil. Acho ele ímpar. Pretendo ir à Venezuela e tentar conhecê-lo. Quero passar uma semana por lá e ver se consigo uma audiência. (…) Acho que ele vai fazer o que os militares fizeram no Brasil em 1964, com muito mais força. (…) Ele não é anticomunista e também não sou. Na verdade, não tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar. Nem sei quem é comunista hoje em dia”.

O militar disse ainda que Hugo Chávez poderia ser comparado ao marechal Castelo Branco – primeiro presidente do regime militar, que deixou a condução econômica de seu governo sob a responsabilidade de Otávio Gouveia de Bulhões e Roberto Campos, conhecidos pelo plano econômico PAEG.

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Reações

A disseminação da polêmica entrevista provocou reações. Houve quem considerasse que é preciso relevar as declarações, já que elas foram feitas há muito tempo. O próprio Bolsonaro comentou a situação através de um vídeo em que Chávez se apresentava como democrata na época, disposto a ficar pouco tempo no poder. “Hugo Chávez e Lula, antes das eleições, posavam de democratas”, disse.

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O blogueiro Luciano Ayan, do site Ceticismo Político, porém, ressaltou: “o problema é que na mesma entrevista Bolsonaro não rejeitou o comunismo. Ao contrário, foi simpático”. Já o presidente do Instituto Liberal de São Paulo, Marcelo Faria, recorrente crítico de Bolsonaro, disse que a matéria comprova que o parlamentar “é muito mais de esquerda do que os seus apoiadores imaginam” e frisou ainda que ele “votou diversas vezes de forma similar ao Partido dos Trabalhadores (PT) durante os seus quase 27 anos de mandato”.

O economista Rodrigo Constantino também comentou a polêmica e questionou a argumentação de que Hugo Chávez chegou a enganar “todo mundo”: “os liberais já detonavam Chávez desde o começo. Da mesma forma que não foi ‘todo mundo’ que acreditou e votou em Lula: os liberais já o detonavam desde sempre. (…) Talvez seja melhor simplesmente assumir que foi cego e errou feio, em vez de tentar justificar sempre os erros passados…”.

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