fbpx

Partido Novo e PSL/Livres são tema de matéria no jornal O Globo

A reportagem analisa as duas legendas como resultado de uma reação do "liberalismo" ao desgaste "das bandeiras de esquerda associadas ao PT"

Compartilhe

Gustavo Franco, filiado ao NOVO, admirado pelo Livres (Foto: Reprodução / Estadão)

A ascensão de partidos com ideias liberais chamou a atenção do jornal O Globo no último dia 22. Uma matéria, assinada pela jornalista Fernanda Krakovics, com o título “Em meio à crise das esquerdas, cartilha liberal vai para as urnas”, repercutiu o surgimento e crescimento do Partido Novo e do PSL/Livres.

De acordo com a reportagem, é o “desgaste das bandeiras da esquerda associadas ao PT e aos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma” que motiva uma “explosão de projetos eleitorais que têm a defesa do liberalismo como plataforma”. Em consequência disso, após a criação do NOVO, o movimento de renovação do Partido Social Liberal, o Livres, surgiu pretendendo “turbinar propostas como a diminuição das áreas de atuação do Estado, a redução da carga tributária e o incentivo ao empreendedorismo”.

Sobre o partido Novo, a matéria cita o fundador e possível presidenciável João Amoêdo, que declarou que o surgimento de várias forças liberais é positivo. “Penso que é mais gente divulgando ideias de liberdade do indivíduo e menor intervenção estatal”, resumiu. O texto diz ainda que o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, conforme o Boletim já repercutiu, se filiou ao partido, depois de ter sido a principal atração do lançamento do Livres no Rio – e a corrente renovadora do PSL parabenizou o partido de Amoêdo pela aquisição. Destacou também que o NOVO não utiliza recursos do fundo partidário, por ser contra o financiamento público.

Leia também:  Ex-NOVO, vereadora Mari Pimentel anuncia filiação ao Republicanos

[wp_ad_camp_1]

Já a respeito do PSL/Livres, o jornalista menciona que o movimento se define como “uma startup incubada como tendência partidária dentro do PSL”, com o objetivo de “resetar” (reiniciar) o partido, já tendo assumido o comando da sigla em 11 estados, e tendo por incentivador e idealizador Sergio Bivar, filho do fundador do partido, Luciano Bivar, com a pretensão de mudar o nome da legenda antes das eleições de 2018.

Opiniões 

O jornalista recolheu a opinião de Paulo Gontijo, presidente estadual do PSL/Livres no Rio: “Há claramente a falência do modelo de Estado grande, que não dá conta. As pessoas veem isso nos serviços não prestados pelo Estado. E o envolvimento dos grandes campeões (empresas turbinadas pelo então presidente Lula) e das empreiteiras nos escândalos de corrupção mostram o quanto esse capitalismo de Estado foi gerando corrupção e ineficiência”.

Leia também:  NOVO pede e Lira encaminha cassação de Glauber Braga ao Conselho de Ética
Livres parabenizando o NOVO pela aquisição de Gustavo Franco (Foto: Reprodução / Livres)

Comparando NOVO e PSL/Livres, Gontijo destaca que a primeira grande diferença é geracional. “Nosso partido tem quadros mais novos e talvez mais diversificados. A gente tem uma militância jovem, de 18 a 25 anos, temos mais capilaridade, mais núcleos municipais e uma forma de operação mais horizontal”, afirma. Sobre o último aspecto, a matéria pontua que os dois partidos adotam ferramentas de gestão para se diferenciarem dos partidos tradicionais e democratizarem suas dinâmicas internas, como o processo seletivo do NOVO e o aplicativo em desenvolvimento pelo PSL/Livres para que os filiados avaliem os méritos da militância.

A reportagem ouviu dois cientistas políticos. O primeiro, Fernando Sá, professor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, relacionou o fenômeno à ascensão de movimentos mais conservadores no mundo, mas não vê o fato com maus olhos. “Aqui no Brasil, com a radicalização da luta política, os conservadores resolveram se apresentar. Acontecia uma coisa muito estranha aqui: ninguém era de direita. Em países como Portugal e Chile, de maior tradição política, você tem políticos de direita que não têm vergonha de ser de direita. Aqui sempre foi um tabu”. Sá apenas não parece ter notado que nem o NOVO, nem o PSL/Livres se identificam formalmente como “de direita”.

Leia também:  NOVO pede e Lira encaminha cassação de Glauber Braga ao Conselho de Ética

[wp_ad_camp_1]

O outro é Marco Antonio Teixeira, da FGV-SP, que disse ser muito interessante que aconteça o debate. “Eu vi o programa do Livres na TV, foi uma chamada fora do lugar comum. Em vez de ficar exaltando pessoas, foram lá discutir o que pensam. Concorde ou não, o debate de ideias é sempre bem-vindo e faz bem para a política”. A matéria fez ainda uma afirmação polêmica: a de que o prefeito João Doria (PSDB-SP) seria a figura política mais representativa do liberalismo no Brasil.

Assine o Boletim da Liberdade e tenha acesso, entre outros, às edições semanais da coluna panorama

plugins premium WordPress
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?