Iniciativas como o “Escola Sem Partido” ecoam uma insatisfação que muitos liberais, libertários e conservadores experimentam há tempos: a hegemonia das ideias consideradas “socialistas”, “marxistas culturais” ou “de esquerda”, a depender de como se prefira chamar, no ambiente do ensino no Brasil. A União Nacional dos Estudantes (UNE), criada no final da década de 30, supostamente representante dos estudantes universitários, tem sido alvo dessas críticas. Um grupo de movimentos liberais em universidades do país decidiu fazer algo a respeito.
A UniLivres é um projeto de associação para fazer frente à UNE. Em manifesto divulgado no último dia 30, a entidade se define como “um grupo de lideranças estudantis que busca um ambiente acadêmico mais aberto à troca de ideias, que tem como valores a busca por maior liberdade de expressão e participação de movimentos não alinhados à atual hegemonia de partidos políticos nas universidades”. Ainda segundo o documento, a entidade congrega “lideranças liberais, libertárias e conservadoras, que se propõem a defender ideias que maximizem a liberdade de nossa sociedade em detrimento de quaisquer organizações centralizadoras”.
O objetivo da iniciativa é uma contraposição ao movimento estudantil atual, “que na maioria das vezes não atende às questões reais dos discentes das universidades, somente fazendo proselitismo político barato e servindo de fonte de desvio de recursos para partidos alheios a problemas e necessidades locais”. Assinam o documento e a proposta movimentos liberais de 14 estados do Brasil. Eles resumem suas bandeiras no texto: o fim do monopólio da representação da UNE, o não aparelhamento do movimento estudantil por partidos políticos, a defesa da liberdade de expressão, o diálogo respeitoso entre os membros e a maior pluralidade de ideias no ambiente acadêmico.
O UniLivres já disponibiliza um formulário de cadastro para movimentos que queiram somar esforços. Os interessados devem clicar aqui.