Candidata a vereadora de Pernambuco pelo PSL/Livres nas últimas eleições, a ativista Karla Falcão, que também já marcou presença em propagandas nacionais da legenda, publicou um texto no Facebook defendendo a solidez e integridade do projeto da corrente de renovação partidária. O texto parece ser uma espécie de resposta ao presidente de honra do PSL, Luciano Bivar, em vias de assumir mandato como deputado federal após dois anos e sete meses na suplência, que teria indicado em entrevista que pode votar a favor de Temer, sob a alegação de que “o Brasil merece paz”.
Começando por um testemunho pessoal, Karla disse que começou a discutir política e buscar soluções ao perceber que nenhuma liderança local a fazia se sentir representada e ao constatar que tem disposição para usar seu tempo conversando com as pessoas e buscando alternativas. Visando manter sua coerência de valores, ela se filiou ao PSL, entendendo que “mais do que criar novos partidos precisamos fazer com que os existentes sejam capazes de representar os interesses da população”, estando “há exatamente um ano, três meses e doze dias, através do Livres”, trabalhando “para combater o fisiologismo e o caciquismo dentro do PSL”.
A ideia é “ser ativo além dos períodos eleitorais, é ser capaz de enfrentar a corrupção, é promover formação política entre nossos filiados e estendê-la às pessoas mais vulneráveis da sociedade”. Nesse sentido, Karla acredita que, se “não é correto ser conivente com os crimes de Lula por causa dos avanços conquistados em seu governo”, também “não é íntegro e respeitável ser contrário à investigação de Temer para defender as reformas”. Sobre a justificativa de que o país merece paz, Karla sustenta que também “precisa de instituições honradas e isso inclui a Presidência da República, que não deve ser liderada por alguém sem reputação ilibada. Tanto quanto paz, o Brasil precisa mostrar à classe política que ninguém deve estar acima da lei e que o trabalho de cada cidadão para manter o Estado deve ser respeitado”.
O tom da mensagem é de repúdio à atitude e cobrança a Luciano Bivar. “Queremos levar a renovação do PSL até às últimas consequências e isso inclui o dever de alertar, convencer ou mesmo enfrentar nossos pares sempre necessário”, ela finaliza.