Paulo Rabello de Castro é mais conhecido no meio liberal pela obra “O Mito do Governo Grátis”. Recentemente organizou, junto a Ives Gandra Martins, a obra “Lanterna na Proa: Roberto Campos Ano 100”. O Boletim da Liberdade publicou um perfil completo quando ele assumiu a presidência do BNDES, mencionando suas relações com o Instituto Millenium e o Instituto Atlântico. Uma matéria do Estadão publicada no último dia 7, porém, despertou reações negativas no meio liberal.
A matéria começa dizendo que o setor empresarial estaria criticando a equipe dirigida por Maria Silvia Bastos pela dificuldade na liberação de financiamentos, e o BNDES “sinaliza uma virada nessa postura”. O presidente teria declarado que o lema do banco agora é “fazer seis anos em seis meses”, pregando a “adoção de medidas que, acredita, vão acelerar o processo de concessão de crédito”. A matéria faz a ressalva de que o foco seriam as micro, pequenas e médias empresas, “mas, segundo Rabello, o BNDES não fechou as portas para as grandes companhias”.
O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, já havia defendido a reanimação da economia através do fomento fornecido pelo banco. Uma das vozes que criticaram a atitude foi a do economista e colunista da IstoÉ e da Gazeta do Povo, Rodrigo Constantino. “É triste ver um até então liberal se transformando num JK em dias. No encontro do poder com o liberal, normalmente é o poder que vence”, ele disse, criticando a nova política. Diretora do Instituto Liberal do Nordeste, a economista Cibele Bastos também lamentou: “Dê um real, mas não dê a presidência do BNDES (cargo político também). Até liberal vira casaca. Que decepção, Paulo…”.