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“O objetivo imediato da Rede Liberdade é conseguir privatizar os Correios”, revela Rodrigo Saraiva Marinho

Diretor de operação da Rede Liberdade, ex-presidente do ILIN e candidato a vereador pelo PSL em 2016, o ativista libertário fala de suas ideias e atividades no movimento liberal
Rodrigo Saraiva Marinho (Foto: Reprodução / Sul Connection)

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Rodrigo Saraiva Marinho (Foto: Reprodução / Sul Connection)
Rodrigo Saraiva Marinho (Foto: Reprodução / Sul Connection)

A Rede Liberdade nasceu com um objetivo ousado: interligar dezenas de organizações liberais e libertárias que surgem em todo o país para potencializar o impacto delas na sociedade. Tendo como valores, entre outros, a propriedade privada, a cooperação e a autonomia, o movimento tem como algumas das instituições interligadas os renomados Instituto Millenium, o Instituto Liberal, o Instituto de Estudos Empresariais e o Instituto Mises Brasil.

Para falar de seu trabalho à frente da Rede Liberdade e de sua experiência de militância, o advogado Rodrigo Saraiva Marinho, um dos nomes com mais rápida ascensão no movimento liberal e libertário brasileiro nos últimos anos,  concedeu essa entrevista exclusiva ao Boletim.

Nas linhas que se seguem, ele fala de seu posicionamento ideológico, faz uma avaliação geral sobre à luta pela liberdade no Brasil e conta, com exclusividade, quais são os estados que estão tendo um bom avanço na defesa da liberdade e aqueles que tem deixado a desejar.

Boletim da Liberdade: Apresentando-se como um apaixonado pela liberdade, o senhor é formado em Direito e acumula uma vasta soma de papeis distintos no movimento liberal e libertário. Começando então por reflexões ligadas à sua formação, tanto profissional quanto de pensamento: como o senhor enxerga, no meio do Direito e da advocacia, a difusão das ideias da liberdade, e como o senhor se define, em termos de convicções sociais e políticas?

Rodrigo Saraiva Marinho: Eu sou libertário, acredito que não existe meia liberdade e ela deve ser defendida de maneira completa – obviamente sem esquecer que a responsabilidade é sempre acompanhada dessa liberdade. O Direito é uma ordem espontânea magnífica que vai acontecer ainda que não haja um estado, ou seja, mesmo no ancapistão ainda teremos relações jurídicas. A advocacia é, por excelência, a profissão de defesa da liberdade; é uma pena que em tempos atuais seja tão ligada ao corporativismo.

Correios: o objetivo da Rede Liberdade é privatizá-lo. (Foto: Divulgação)
Correios: o objetivo da Rede Liberdade é privatizá-lo. (Foto: Divulgação)

Boletim da Liberdade: Já tendo sido presidente do Instituto Liberal do Nordeste, seu novo desafio é assumir a direção de operações da Rede Liberdade. Qual é a principal diferença entre essas duas instituições e quais as perspectivas e desafios a serem cumpridos pela frente na Rede Liberdade?

Rodrigo Saraiva Marinho: O ILIN foi um desafio formidável e acredito que cumpri a minha missão, ou seja, conseguir disseminar as ideias liberais pelo Nordeste. Hoje temos grupos de estudos e institutos em quase todos os estados. A Rede Liberdade é um desafio maior de congregar interesses e vontades diversas em uma agenda comum, algum objetivo direcionado. O objetivo imediato da Rede é conseguir privatizar os Correios, além de quebrar o monopólio; temos esse foco nessa primeira gestão. Além disso, temos o objetivo de estabelecer um calendário claro de eventos, de modo que institutos e grupos de estudos possam colaborar uns com os outros.

O objetivo imediato da Rede é conseguir privatizar os Correios, além de quebrar o monopólio; temos esse foco nessa primeira gestão

Boletim da Liberdade: Outra frente em que o senhor já se aventurou foi a frente político-partidária, com sua candidatura recente a vereador cearense pelo LIVRES. Qual foi, a seu ver, o saldo dessa experiência, e em que medida o movimento liberal e libertário tem maturidade e condições de conquistar seu espaço nesse meio? Qual a importância disso?

Rodrigo Saraiva Marinha: Eu nunca quis ser político, nunca foi meu objetivo de vida. Para isso ocorrer, teriam que ser atendidas algumas condições que foram preenchidas com o LIVRES, como ter um projeto em que eu acreditasse e pessoas que estivessem comigo nisso. Acredito que avanços são sempre importantes, ou seja, qualquer avanço em prol da liberdade deve ser comemorado e vigiado para não recuar. Lembrando sempre que, se houvesse um botão para apertar e acabar com o estado, eu o apertaria agora, todavia isso não existe, então seguimos avançando. A campanha política serve para divulgar as ideias, bem como para demonstrar que existem soluções diferentes da velha política e, obviamente, a possibilidade de contermos o estatismo absurdo que temos hoje.

Rodrigo Saraiva Marinho em imagem de divulgação de sua campanha a vereador (Foto: Reprodução / Facebook)
Rodrigo Saraiva Marinho em imagem de divulgação de sua campanha a vereador (Foto: Reprodução / Facebook)

Boletim da Liberdade: Em seu tempo de atuação no movimento e, sobretudo, a partir do mapeamento promovido pela Rede Liberdade, é possível traçar um diagnóstico da força do movimento liberal em cada parte do país? Qual seria a descrição mais correta do quadro geral?

Rodrigo Saraiva Marinho: Sim, é possível. Vou tratar por regiões. Hoje o Sul, em especial o Rio Grande do Sul, sendo crescente no Paraná e Santa Carina, e o Nordeste, em especial o Ceará, estão bem à frente do resto do país, com diversas frentes e com um movimento bem mais organizado. Centro-oeste tem um movimento forte em Brasília e Goiás e incipiente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O Norte começa a crescer em Rondônia e no Amazonas e espero que o Pará desperte em breve, esse é um dos objetivos. O Sudeste é o que caminha com mais dificuldade pelo potencial que tem e que ainda não exerceu, apesar de Minas Gerais e Espírito Santo possuírem um movimento razoável, em especial, pelo IFL e Líderes do Amanhã. São Paulo pelo potencial que tem fica aquém do que eu acredito que poderia, mas acho que o LIVRES de lá pode mudar essa realidade e o Rio de Janeiro hoje é o que mais decepciona, apesar de algum foco com a turma do Novo e o começo do LIVRES por lá.

São Paulo pelo potencial que tem fica aquém do que eu acredito que poderia […] e o Rio de Janeiro hoje é o que mais decepciona [na luta em defesa da Liberdade]

Boletim da Liberdade: Tendo marcado posição na divulgação intelectual, na luta política e na administração institucional, em qual das frentes existentes o senhor considera que o movimento está mais avançado, e qual seria, em sua opinião, a meta mais importante a ser atingida no futuro próximo?

Rodrigo Saraiva Marinho: Os mais avançados são o Ceará e o Rio Grande do Sul e a meta é mudar as políticas públicas num curto prazo. Chegar ao Congresso em 2018 deve ser a meta a ser atingida, com boas ideias e ótimos projetos. Temos uma chance única de tornar esse país mais livre, vamos aproveitar esse momento e fazer isso acontecer. A Liberdade vem com tudo!

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