Houve ou não houve Lava-Jato? - Coluna

Houve ou não houve Lava-Jato?

13.06.2022 05:37

Caramba, a cada hora surge uma novidade sobre o julgamento do Luiz Inácio, ex-presidente do Brasil. A novidade vem agora à bordo de um filme que está prometido para hoje, segunda-feira. Chama-se “Amigo Secreto”.

A jornalista Mônica Bergamo deu a notícia com uma chamada intrigante: “O delator da Odebrecht diz que foi pressionado para comprometer Lula na Lava Jato”. Trata-se do senhor Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, identificado à época da Lava-Jato como ponte entre a empresa, Lula e o PT para distribuição de propinas. Ele confessou e ao que se diz agora, confessou sob pressão. Ou seja, mentiu. Será?

Querem porque querem nos fazer acreditar que os inquéritos, julgamentos e sentenças sobre Lula foram uma grande farsa do sistema de justiça. Será que foram mesmo? E se foram, o que nos resta fazer?

Por mais que eu deseje fugir do Estado Brasileiro como tema dos artigos que tenho publicado aqui no Boletim da Liberdade, para me dedicar a outros assuntos, menos consigo, porque os fatos me atropelam. Os agentes do Estado Brasileiro são perdulários. Eles gastam sem limite, sem responsabilidade e sem dar satisfação aos donos do dinheiro, os contribuintes.

Ora, se os procuradores e os juízes da operação Lava-Jato criaram uma farsa, deveriam arcar com as despesas dos processos. Caso não, quem deseja transformar tudo numa grande mentira pela nulidade, deveria responder por isso com recursos e patrimônio próprios.

A principal doença do Estado Brasileiro é a irresponsabilidade de seus agentes, por costume e impunidade. Eles e elas causam prejuízos enormes aos contribuintes, quase sempre sem responderem por isso. E quando respondem, a despesa recai sobre os contribuintes, porque as ações são contra o Estado e não contra os agentes causadores dos prejuízos.

O que houve, de fato, nesse caso da operação Lava-Jato? E em outros casos? Quanto custou ao patrimônio e aos bolsos dos gestores públicos que causaram prejuízos aos contribuintes por decisões erradas? Certamente, zero. Em alguns casos, só em alguns, os responsáveis pagaram com a própria imagem e muitos já andam por aí à busca de recuperá-la e pode ser que até consigam. Mas, a conta ficou com os contribuintes.

Por isso, eu defendo o voto nos liberais, porque só os liberais têm o Estado como referência para reduzir os tentáculos dele de interferência na vida das pessoas e colocá-lo no lugar que lhe é devido. E o Estado é o resultado das decisões de seus agentes, sejam eles eleitos, concursados ou contratados pelo dom da bajulação e subserviência.

Não é possível mais admitir que, com absurda irresponsabilidade, os agentes do Estado Brasileiro, gastem o dinheiro do contribuinte em aventuras ou maluquices, como a que estamos a assistir no caso da operação Lava-Jato e no modelo de rateio das funções públicas entre aliados, amigos e parentes. Os contribuintes pagam a conta em dinheiro e em ineficiência da máquina pública.

Em outubro, teremos escolhas a fazer. Sei que o espaço para decidir não é elástico, porque os partidos nos apresentam candidatos que dificultam bastante a escolha. Mas, seria interessante ouvir deles, de todos eles, o que eles têm a nos dizer sobre esse caso da Lava-Jato e como eles, uma vez eleitos, pretendem agir para comprar a conta de quem provocou os prejuízos.

Está aí uma boa pauta.

FALE COM O BOLETIM

Jornalismo: jornalismo@boletimdaliberdade.com.br

Comercial: comercial@boletimdaliberdade.com.br

Jurídico: juridico@boletimdaliberdade.com.br

Assinatura: assinatura@boletimdaliberdade.com.br