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Eu já escolhi

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Se o debate é sobre o voto para Presidente, eu aviso que já tomei a minha decisão, mas ela pode não ser definitiva, porque as campanhas nos colocam numa posição de olhar, tentar entender, ouvir e acreditar, para poder selecionar. E assim eu tenho feito.

Mas, nada disso é obrigação. Pode-se ou não usar esse método para decidir o voto. Por isso, muita gente seleciona sem olhar, sem tentar entender, ouvindo só o “ouvi dizer” e acreditando demais no que não deveria acreditar. O voto dessa turma vale tanto quanto o meu e dos que agem do mesmo modo que eu. E isso não é um problema, além de dar dores de cabeça e desilusão para quem age sem cuidado.

Quando anuncio a minha decisão, tem gente que diz que será um voto perdido, porque o candidato que escolhi não tem chance, pelo que dizem os institutos de pesquisa.

Não é bem assim. Em primeiro lugar, quem escolhe um candidato não perde o voto, ainda que o candidato selecionado perca a eleição.

O voto que vale coisa alguma é o voto não dado, porque na apuração, os brancos, nulos e as abstenções são decisões jogadas no lixo, antes mesmo de encerrado o tempo para votar.

Em segundo lugar, os institutos de pesquisa nada garantem para o dia da eleição. Tudo o que mostram é intenção, boa ou ruim, a depender de quem olhe. E, como diz o velho ditado, de boas intenções o inferno está cheio. E, porque não estaria cheio também de intenções ruins? Bem mais, provavelmente.

Contudo, pode ocorrer o que os institutos preveem e o candidato que eu escolhi venha a perder a eleição. Nesse caso, eu terei dado o recado: direi que há uma minoria a ser respeitada, a ser considerada e que está disposta a fazer oposição. A minoria também paga as contas dos eleitos e sofre as consequências das decisões que eles tomam.

Os votos dados aos candidatos que perderam indicam que há eleitores contrariados, mas que são, como todos os demais, cidadãos de uma mesma nação. E, pelo jogo democrático, poderão, um dia, estar do lado vencedor.

Por isso, os eleitos, depois de empossados, não estão autorizados a tomar decisões a favor dos seus eleitores, exclusivamente. E muito menos estão livres para prestar favores, seja para quem for, porque o povo não precisa de benefícios, quando seus direitos estão assegurados.

Os eleitos que governam e decidem unicamente a favor daqueles que os escolheram, deixam de ser agentes do Estado para serem lobistas de interesses privados.

No centro e nas pontas dos meus argumentos está colocado o Estado. Quando ele, por seus agentes, garante os direitos de todos e respeita todos igualmente, o povo está, sim, numa terra onde existe democracia. Do contrário, não. E, de nada importa o que pensam sobre isso os Ministros do STF ou quem quer que seja.

Numa campanha eleitoral, o “eles e nós” é saudável. Na prática dos governos, uma insanidade, algo completamente, desonesto, porque, afinal de contas, todos pagamos o mesmo preço.

O candidato que escolhi, Luiz Felipe D’avila é o que mais se aproxima do que eu penso sobre o Estado Brasileiro, que nada mais nada menos deve ser do que um agente servidor da sociedade, com atuação limitada à garantia dos direitos individuais – quando faz as leis, quando as cumpre e as faz cumprir, quando arrecada os impostos, gasta-os e presta contas.

Os demais candidatos à presidência da república apresentados até aqui, até mesmo os que murcharam no caminho – acreditam que, por eleição, tornam-se proprietários do Estado para fazerem dele o que bem entenderem. A proposta deles leva as pessoas ao papel de pedintes, no lugar de cidadãos e os amigos e parentes se transformam em sócios do patrimônio que é de todos.

Tenho esperança de ter feito uma boa escolha.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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