Denegriram o português - Coluna

Denegriram o português

05.08.2022 10:29

Depois da Globonews foi a vez da CNN protagonizar o show da arrogância lacradora.

O Jornalista Evandro Cini constrangeu, ao vivo, o colega Alexandre Borges por ter utilizado a palavra denegrir.

Evandro só faltou colocar Alexandre de castigo no cantinho do pensamento. Confira a fala do jornalista lacrador:

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“Você acabou usando a palavra denegrir que não é mais usual nos dias atuais e isso é importante que se ressalte. Cortar a palavra denegrir já que representaria algo negativo voltado à população negra, então, a gente começa a cortar essas palavras pra que a gente possa ter um diálogo ou um discurso cada vez mais respeitador, cada vez mais transparente!”

Diferente do que falou Evandro, o verbo denegrir não “representaria algo negativo voltado à população negra”. Já o seu chilique, sim!

O verbo denegrir não tem relação com o período da escravidão e não é uma referência a cor da pele.

Etimologicamente, denegrir vem do latim “denigrare” e significa “manchar” no sentido de manchar a reputação de alguém. Há quem defenda o cunho racista da palavra porque um dos seus significados é “tornar escuro”. Nada mais infantil.

Vamos fazer um exercício simples: algo que é escuro não é transparente. Só isso! Imagine que você vai a uma loja comprar um vaso azul escuro para decorar a sala da sua casa, mas a loja só tem vasos transparentes.

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Para a sua sorte, a mesma loja dispõe de um serviço que tinturaria de vidro e pode denegrir o vaso, ou seja, escurecer o vaso e tirar a transparência com uma variedade de cores, inclusive o azul. Você contrata o serviço e vai para casa feliz da vida com seu vaso denegrido. E ninguém sofreu racismo com isso.

De todo modo, embora a palavra denegrir também tenha o significado de tornar algo escuro, o que nada tem a ver com racismo, ela é quase que exclusivamente utilizada no sentido de manchar a reputação de alguém que foi exatamente o que o jornalista fez consigo mesmo ao tentar posar de paladino da virtude insistindo em um argumento sem fundamentação histórica, etimológica ou lógica.

A atitude do jornalista é caricata dos justiceiros sociais cuja única causa é manter as suas consciências adormecidas ou distraídas e, assim, preencher o vazio de suas existências com o aplauso da ignorância.

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