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O poder não emana do povo

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Escrito por Sergio Moura

O deputado federal Celso Jacob (MDB-RJ) está em prisão domiciar, condenado que foi pelo STF a 7 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de falsificação de documento público e dispensa irregular de licitação, afirma UOL Eleições 2018. Ele tem a regalia de ir à Câmara dos Deputados diariamente, mas tem de dormir no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Por isso, muito justamente, o TRE-RJ negou o registro de sua candidatura a deputado federal. Esta Corte tem sete membros.

No entanto, o ministro do TSE Og Fernandes, em decisão monocrática, concedeu liminar, nesse domingo, 23 de setembro de 2018, para o deputado presidiário praticar todos os atos da campanha eleitoral, inclusive participar do horário eleitoral no rádio e na TV. Antes disso, o juiz Bruno Ribeiro (TJDFT) autorizou Jacob a permanecer no seu reduto eleitoral, Três Rios, RJ, entre 11 de setembro e 2 de outubro.

Primeiro pergunta-se o seguinte: que país é esse cuja Constituição e leis permitem que alguém que foi condenado por enganar o povo seja seu representante?

Segundo, pergunta-se: se o poder emana do povo, que país é esse onde um indivíduo representante do povo que foi condenado pelo povo, numa sentença irrecorrível, por ter cometido crimes contra o povo é, por esse mesmo povo, autorizado a sair da cadeia para usar dinheiro do povo, do fundo partidário, para solicitar que o povo confie nele?

Você contrataria um empregado doméstico a peso de ouro, de cujo convívio próximo você não participasse, que você soubesse estivesse em prisão domiciliar por desvio de dinheiro cumprindo uma pena de sete anos?

Essa estória de que o poder emana do povo e em seu nome será exercido é conversa fiada, como grande parte do texto da nossa famigerada e imoral “Constituição Cidadã”.

O mapa do Brasil está errado: está de cabeça para baixo. Coitados dos nossos jovens.

*Sergio Moura é autor do livro Podemos ser prósperos – se os políticos deixarem.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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