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PSL é criticado por comparação com Joaquim Nabuco, político do século 19

Em publicação no Facebook, o partido disse que Nabuco defendia a 'liberdade por inteiro' enquanto Bolsonaro era 'liberal econômico, e conservador social'
Foto: Reprodução / Facebook
Foto: Reprodução / Facebook

Em artigo publicado no site Sentinela Lacerdista, posteriormente republicado no Instituto Liberal, o jornalista Lucas Berlanza fez uma dura crítica a uma publicação feita pelo Partido Social Liberal no último 10 em sua página no Facebook. Na imagem, o político do século 19 Joaquim Nabuco é comparado com Jair Bolsonaro e caracterizado como alguém que defenderia a “liberdade por inteiro”, a despeito do parlamentar carioca, que – segundo o partido – seria um “‘liberal’ econômico e conservador social”,

No texto, intitulado como “Por que o PSL inventou um Joaquim Nabuco que não existe só para atacar os ‘Bolsominions’?”, Berlanza sustenta que o político do Século 19 “tinha uma mentalidade, sob muitos aspectos, conservadora”, e que ler a obra Minha Formação “era uma experiência com algumas semelhanças com a leitura de Edmund Burke, considerado ícone do conservadorismo moderno”.

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O jornalista diz ainda que “Nabuco acreditava que a prudência, a adequação de princípios à experiência histórica, era uma linha de conduta adequada para os negócios de Estado” e que “era amante da estética política aristocrática e imperial, tratando a Família Real com romantismo e elegância”. Lucas Berlanza conclui seu artigo dizendo, portanto, que “expor Nabuco como defensor da ‘liberdade por inteiro’, por oposição ao pensamento conservador, é desfigurar a verdade histórica, encaixando a autoridade intelectual de Nabuco em um slogan frágil, em um conceito vazio.”

Outro lado

Mano Ferreira, diretor de comunicação do PSL, respondeu à crítica de Berlanza argumentando que o “Livres [novo nome do partido] é um projeto gradualista, o que implica em grande sintonia com o método Nabuco de prudência nas transformações” e que o partido também possui “uma preocupação sincera de que suas propostas partam da realidade concreta do Brasil, não da utopia etérea”.

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Ferreira pondera ainda que a “liberdade defendida por inteiro não se refere a um ‘paraíso inexistente onde a liberdade transborda por todos os lados do ‘ancapistão’, mas ao conteúdo de valores” que contemplaria a defesa da liberdade “tanto no âmbito econômico quanto no âmbito socio-cultural, das liberdades individuais”.

Mano Ferreira também observa que a publicação original do PSL no Facebook utilizou a expressão “conservador social” em vez de “conservadorismo político” para “desviar de referências a visão burkeana”. “Não tentamos inventar um Joaquim Nabuco inexistente, pelo contrário: buscamos valorizar a obra e a personalidade de Nabuco como grandes inspirações para o liberalismo que defendemos no Brasil”.

Fabio Ostermann, por sua vez, candidato à prefeitura de Porto Alegre em 2016 pelo PSL, escreveu no Facebook uma dura crítica ao Instituto Liberal pelo fato de a organização ter republicado o artigo: “Por que não mudam o nome do Instituto, logo? Seria melhor para liberais e defensores do Bolsonaro”.

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